segunda-feira, 28 de março de 2016

#Le_BR_onResponde1



E aí, galera, tudo bem com vocês?

Essa é a PRIMEIRA edição do KingJamesBrasil Responde. Eu pedi lá no meu twitter (que caso você não conheça é esse aqui) pros meus seguidores enviarem perguntas sobre LeBron, Cavs, ou qualquer outro assunto. 

E então, cá estou eu, tomando um belo suco de maracujá, pronto para respondê-los.

Vamos lá?!


Eu gosto muito do #LeBron7, do #Soldier9 e dos últimos três tênis do King (LeBron 11, 12 e 13). Se pudesse, compraria todos. Pena que eu teria que vender meu rim pra comprar um.

Fica sim, creio que ele não quer ganhar apenas um campeonato não. Quer trazer o máximo de championships pra Cleveland possíveis.

Bem, eu não consigo responder a essa pergunta de outra forma. Eis a resposta:


Essa resposta foi patrocinada por @CavsDepre.

Sim, temos o suficiente. Mas... bem, eu falei o que eu acho sobre isso no meu último post. Caso você tenha ido curtir o feriadão na casa daquela tia distante, que lá não pega sinal de internet, e perdeu o texto, você pode ver AQUI.

Com a camisa do Cavs, com a do Heat, ou no geral? Enfim, vou responder no geral. Pra mim é bem fácil dizer essa porque vi ao vivo, e fiquei sem acreditar. Heat vs Celtics, em Boston, jogo 6. Ele anotou 45 pts, 15 rebs e 5 assists. Ele tava no #KillerMode. Espetacular. Foi uma das primeiras vezes que eu vi o LBJ naquele nível de concentração. Monstro.

Na verdade o Big3 rende, o problema é a irregularidade de Kyrie e Love. Principalmente Love. E sim, esse trio pode sim levar o Cavs ao título.

O menino Boi Cansado vai bem, ótimo aproveitamento nas bola de 3, quando entra, não costuma decepcionar. A troca valeu a pena sim. Por mais que seja doloroso dizer isso, mas o Varejão não iria conseguir render nesse nível, e também que o Andy ganhava mais. A troca está sendo boa pro Cavs... economizou mais de 10 milhões, ganhou um jogador mais jovem, e que consegue produzir mais em quadra.

LeBron, na minha humilde opinião, fica até o fim da carreira. LBJ, se Deus quiser (ajuda a gente, Deus, manda uns títulos pra Cleveland por favor), ganhará vários títulos pelo Cavs.


Bem, é isso. Essa foi a primeira edição do KingJamesBrasil responde. Se gostou, comenta aí embaixo, ou me diz lá no Twitter.

Valeu, galera. Abraço! #GoCavs #CavsBrasil

sexta-feira, 25 de março de 2016

O maior adversário do Cleveland Cavaliers




Sim, chegou a melhor parte da temporada. Os playoffs já estão batendo na porta. Pouco mais de 10 jogos para a fase mais emocionante da temporada regular começar.

E você deve estar pensando, "qual é o maior adversário do Cavs?" E eu vos digo. Mas, antes de dizer, quero fazer um joguinho com vocês. Sim, meu caro leitor, aqui também é entretenimento. 

Como funciona: Eu vou dizer algumas estatísticas, alguns fatos e falar do melhor jogador da outra equipe... e vocês têm que adivinhar o time, okay? Vamos lá?

Lets do it...


O melhor jogador: Ótimo jogador. Sou fã. Ofensivamente é a grande arma da equipe. Tem capacidade de criar seu próprio arremesso, passa a bola muito bem, e é um dos líderes de "and ones" da Liga. Bom reboteiro. Na defesa, quando quer, vai bem. As vezes dorme, dá alguns vacilos - vira até vine pra galera dar risada as vezes. Anotou um triple-double nessa última semana. Tem um stepback mortal. Ah, e ele é clutch

Algumas estatísticas: A equipe tem um dos jogadores que mais acertaram/mais chutaram bolas de 3 depois do All-Star Game. Esse jogador tem uma bela mecânica de arremesso, uma das melhores da Liga. E essa equipe tem 110.8 de eficiência ofensiva, e 104.4 de eficiência defensiva. Tem apenas 93 posses de bola por jogo. Bem pouco pra um dos melhores times da Liga.

Alguns fatos: É um time que gosta de correr com a bola, mas sofre porque a defesa nem sempre é boa o suficiente pra conseguir parar o adversário e conseguir contra-ataques. O time é capaz de movimentar muito bem a bola, mas as vezes esquece disso. O jogo do PG titular da equipe é, me desculpem a palavra, excitante. Quando ele vem pro jogo, sai da frente. Certeza que ele fará pelo menos 3 jogadas dignas de Top 10 Plays da rodada. O banco não é ótimo, mas é okay. Ajuda o time, apesar de já ter deixado algumas vantagens escapar enquanto o time titular estava descansando. 

E aí, já tem ideia de que time eu tô falando? Sim? Não? Tudo bem, se você não conseguiu pensar em nenhum time, eu te digo a resposta agora...

O time que eu estou falando é o Cleveland Cavaliers.

O Cavs consegue jogar incrivelmente bem em 5 partidas, e perder a 6ª de forma ridícula para uns dos piores times da NBA. Consegue movimentar a bola MUITO BEM em um jogo, e no outro só fazer ISOs. Consegue defender bem, se esforçar, consegue fazer o adversário sofrer no ataque, e na partida seguinte deixa o oponente fazer cestas tão fáceis que até minha cachorra, que tá olhando pra mim neste momento, faria. 

Resumindo, o problema do Cavs não é físico, não é porque falta talento... o problema principal da equipe é psicológico. Falta a tal mental toughness que o LBJ tanto falava antes. Nosso último jogo, contra o Nets, em Brooklyn, retratou bem o Cavs dessa temporada. Time foi inteiro, pra garantir a vitória, mas não conseguiu. Dependeu do seu melhor jogador botar a bola debaixo do braço e fazer várias jogadas malucas pra virar o jogo. Ninguém acertava nada. Todos os jogadores frustrados uns com os outros. Principalmente LBJ, com razão, já que houve erros. Mas, ei, LeBron, o senhor também erra na defesa.

Falta ao Cavs a entrega que times como Sixers, Lakers, Nets, Suns e etc. que estão 'tankando' têm. É irritante ver jogo de Cleveland as vezes. A moleza, o salto alto, a má vontade que os jogadores mostram irrita demais. 

Então, pra finalizar, vos digo: Temos o que é preciso pra ser campeões, mas a questão é saber se vamos usar todas as nossas armas pra conseguir o nosso objetivo. É saber se o LBJ vai jogar sozinho e não ter ajuda, ou se vamos jogar bem, movimentando a bola e acabando com os times desde o primeiro minuto de jogo. É saber se a equipe inteira estará no playoffs mode, ou só o LeBron. 


Não, o maior adversário do Cleveland Cavaliers não é o Warriors (ou Spurs, tanto faz). O nosso maior adversário somos nós mesmos. 



terça-feira, 22 de março de 2016

Por que LeBron deu unfollow no Twitter do Cavs?




Nas últimas semanas, LeBron James e sua conta no twitter têm 'dado o que falar'. E isso precisa ser falado por aqui. Sim, amigos, por mais TV Fama que isso seja, nós precisamos falar sobre o que LBJ tem feito no Twitter.

Vários tweets com indiretas, que podiam ser facilmente ligadas a algum companheiro de equipe. As hashtags com siglas que ninguém sabia o que era... E, claro, o fato de ter dado unfollow no perfil do Cavs (no Twitter e no Instagram).

Ontem, segunda-feira, 21 de março de 2016, um perfil no Twitter postou um print de um site... e esse site dizia que LBJ não seguia o perfil do Cavs.


Logo depois, LBJ se recusou a falar após o treino matinal do time. Isso nunca tinha acontecido desde que LeBron voltou pro Cavs - a não ser que A) ele não fosse jogar, B) ele estivesse doente. Era só o que a mídia queria pra criar várias matérias dizendo que Bron não ficaria no Cavs ao fim da temporada, e que uma volta pra Miami era o provável. Sim, amigos, tudo isso só porque o King deu unfollow na conta do seu próprio time.

De acordo com uma fonte, LeBron fez isso como parte de sua preparação para os playoffs. LBJ chama esse 'modo' de Zero Dark 23. Ele fez isso ano passado, e no ano anterior, e no ano anterior, e ano anterior...

James deixando de seguir o Cavs foi uma forma de limpar algumas coisas relacionadas a basquete da sua conta no Twitter. 

Bron não deu unfollow só na conta oficial do Cavs, ele também deixou de seguir Allie Clifton - repórter da FoxSports Ohio, Austin Carr - lenda do Cavs e comentarista da FoxSports Ohio, Dave McMenamin - ótimo jornalista da ESPN, Chris Broussard - repórter da NBA, e Lee Jenkins - jornalista da Sports Illustrated. 

Não, LBJ não deu unfollow nesse pessoal porque ele simplesmente não gosta mais deles... Bem, talvez ele tenha feito isso no Chris Broussard que é bem chato, mas enfim, isso não vem ao caso agora. LeBron tem ótima relação profissional com a Allie, admira demais o "Mr. Cavalier", tem uma relação profissional com o Dave, assim como o Broussard, e tem uma ótima relação com o Lee Jenkins - foi esse jornalista que escreveu aquela carta do LBJ em 2014, quando o King decidiu voltar pra Cleveland. 

Segundo a fonte, LBJ já deu unfollow em mais de 10 perfis relacionados ao basquete. Ele ainda segue alguns outros perfis de jornalistas, como por exemplo, a ótima repórter da ESPN Rachel Nichols. Não sabemos se ele vai dar mais unfollows ou não, mas dizer que LBJ fez isso porque planeja sair do Cavs é bobagem.

Hoje pela manhã, LBJ voltou a seguir o Cavs no Instagram... ou seja, talvez tudo isso seja só o LeBron tirando uma com a nossa cara. Não sei.

Depois do treino do time, hoje, LeBron falou que está entrando no "modo playoffs" um pouco mais cedo esse ano.

Sim, é estranho a atitude dele de querer se afastar das redes sociais, mas anunciar em sua conta no Twitter que vai fazer um perfil no Snapchat.


LeBron não só deu unfollow em alguns perfis, ele também mudou sua rotina pré-jogo. Sempre, não importa o lugar, sempre você vai ouvir uma música MUITO alta no vestiário do Cavs. LBJ é o DJ do time, e faz todos os seus companheiros ouvirem sua coletânea de música (eles querendo ou não). Mas, na partida contra o Nuggets, tava tudo silêncio, LBJ só estava com os seus fones de ouvidos, calado, de cara fechada, se preparando pro jogo. Channing Frye e Jordan McRae ficaram sem entender, e tentaram puxar assunto com LBJ. 

LeBron não estava afim de papo, segundo Frye. Respondia só o que era perguntado. 

"É bom ver que ele tá dando o exemplo", disse Frye. "Ele está mostrando pra nós que alguns jogos significam mais que outros. Que a preparação pra certas partidas precisa ser diferente. Ainda precisamos aprender a nos concentrar enquanto nos divertimos, com música alta. E não só quando está tudo em silêncio. Mas é isso que ele faz, dá a deixa, e nós seguimos".

LeBron precisa se concentrar pra tentar chegar pela SEXTA vez seguida nas Finais da NBA. Coisa que aconteceu pela última vez lá nos anos de 1960. Vai tentar conquistar o primeiro título do Cavs, e o terceiro da sua carreira,

Seja em um ambiente turbulento, seja dando unfollow em umas contas no twitter ou ouvindo música nos headphones invés de no alto-falante... se LBJ e o Cavs jogarem da forma que jogaram nessa segunda-feira, contra o Nuggets, não importa nada disso. LeBron pode dar unfollow até no Obama, ninguém vai se importar.

Quer dizer, eu acho que ninguém vai se importar.



Zero Dark 23 mode: ACTIVATED!


Fonte: cleveland.com


segunda-feira, 14 de março de 2016

'Assistindo' a carreira do King


No último domingo, contra o Clippers, LBJ se tornou o 19º maior assistente da história da NBA, passando Kevin Johnson. Os 18 atletas na frente do King são todos armadores.

Hoje, no início da tarde, foi divulgado mais um mixtape dos filhos do LeBron. Os dois moleques vêm ganhando muita atenção da mídia. Principalmente o filho mais velho, LeBron James Jr. Você pode ver o mixtape aqui; Todo mundo ficou falando do quão bem os moleques jogam. Isso me fez lembrar de uma declaração de James. Ele falou uma coisa bem importante sobre o seu filho mais velho: "Quando eu tinha a idade do Bronny, jogava exatamente igual ele". Vocês, provavelmente, devem estar se perguntando onde eu quero chegar, e eu vos explico.

Senta que lá vem a história...

Ele era o menor jogador daquele Hornets da comunidade Summit Lake, em 1993, no sudoeste de Akron. O nome dele era Sonny, o garoto tinha 7 anos. Ele sabia arremessar, mas não conseguia segurar a bola sempre... Ele perdia a bola antes mesmo de conseguir segurá-la. Frankie Walker, treinador do time, acreditava que cada criança deveria arremessar pelo menos uma vez por jogo, independente da habilidade. Então ele falou para os garotos da sua equipe; "Vocês precisam envolver Sonny no jogo, fazer ele ter bons arremessos". Coach Walker tinha várias jogadas desenhadas para o seu melhor jogador, um garoto de  9 anos chamado LeBron James. 

LBJ não entendia porquê seu treinador insistia tanto em fazer ele e Sonny se entenderem dentro de quadra. LeBron podia jogar contra os cinco jogadores da equipe adversária sozinho, e ainda conseguir fazer a cesta. Criar uma oportunidade de cesta pro Sonny era muito mais dificil. Walker 'pegava no pé' do LeBron, principalmente nos treinos, quando LeBron prendia a bola. Ele parava o treino para mostrar que Sonny, ou outro jogador, estava livre. "O que ele não sabia naquela época era que," disse Coach Walker, "eu estava ajudando mais ele, do que o próprio Sonny. Ele tinha que aprender a colocar o seus companheiros de time em primeiro lugar."

Sonny finalmente conseguiu segurar a bola e fazer algumas bandejas nos jogos seguintes. Os Hornets de Summit Lake comemoraram igual um time de NBA quando o garoto conseguiu acertar uma bola de três.


"Essas lembranças estão claras na minha cabeça" falou LeBron, "Parecia que eu tinha acertado o arremesso. De alguma forma, me sentia melhor do que quando eu fazia a cesta. Eu queria continuar sentindo aquilo."

"Eu percebi desde o inicio que ia ter dois, três, quatro... vamos falar a verdade, percebi que sempre haveria cinco defensores de olho em mim. Isso possibilitou que eu pudesse fazer tudo que eu queria em quadra para mim e para ajudar meus companheiros" disse LeBron. 

No seu último ano no High School, LeBron infiltrava e tocava a bola para Corey Jones, especialista em bolas longas do time, e gritava para seu companheiro de time arremessar. "Todo mundo marcando ele (LBJ), e eu ficava sozinho na zona-morta" disse Jones, "Eu lembro de um jogo, em um torneio que aconteceu na universidade de Dayton. Eu estava acertando tudo, 'on fire', e nos minutos finais da partida eu errei uma bola de três, pegou na parte da frente do aro. James pulou, agarrou a bola e tocou de volta pra mim, e gritou 'Arremessa!'", Corey fez a cesta e St. V-M venceu a partida. LeBron recebeu o troféu de MVP da competição. "Ele agradeceu ao locutor do ginásio, depois me chamou e me entregou o troféu" completou Jones.

LeBron sempre foi um ótimo facilitador, mas quando ele chegou na Liga, não era como hoje. "Quando cheguei na NBA, eu sabia jogar pra mim, conseguia criar meu próprio arremesso" ele diz, "mas eu não estava pensando estrategicamente. Eu não estava ajudando os meus companheiros." Ele fazia a mesma coisa que deu certo em St. V-M, atacando a cesta e tocando para um companheiro quando a defesa dobrava em cima dele. "Ele era um pitbull durante os treinamentos" diz Carlos Boozer, que jogou no Cavs (Lembram dele?) em 2003-04, quando LBJ tinha 18/19 anos. "Ele ainda não tinha um arremesso consistente, mas ele tinha 2,03 e atacava o aro muito bem, ao sair do pick-and-roll, a defesa inteira tentava ajudar a pará-lo. E no momento que isso acontecia, ele tocava a bola pra mim. Ele conseguiu tantos arremessos livres na zona-morta e na 'cabeça do garrafão' pra mim..."

No jogo 1 das Finais de Conferência, contra o Pistons, em 2007, LeBron infiltrou pela esquerda (sendo marcado por Tayshaun Prince). Rasheed Wallace e Richard Hamilton, imediatamente, foram ajudar na marcação. James tocou para o Donyell Marshall, que estava sozinho na zona-morta. "Eu errei, nós perdemos, e todo mundo estava perguntando a ele por quê ele tocou pra mim" lembra Marshall, que agora é Coach de basquete. "Mas, o que está mais fresco na memória é o dia seguinte, quando treinamos jogadas para serem usadas no final de jogo. LeBron tocou pra mim na zona-morta de novo. Acertei o arremesso, e ele veio correndo na minha direção comemorando como se eu tivesse ganho o jogo."

Dez dias depois, os Cavs venceram os Pistons no jogo 5, aquele fatídico jogo em que LeBron marcou 29 dos últimos 30 pontos, em duas prorrogações. "Eu estava no mesmo lugar do jogo 1 o tempo todo, mas os Pistons não me deixaram sozinho de novo, então LBJ conseguiu infiltrar com um pouco mais de facilidade" disse Donyell, "E, por coisas assim, ele começou a perceber o que ele era capaz de fazer dentro de quadra."

"Eu joguei com Karl Malone, e uma vez ele me disse, 'você precisa ter feito 10 pontos antes do intervalo'", disse Marshall. "Eu não entendi, mas ele me explicou. 'Se você tiver 10 pontos antes do intervalo, o outro time pensa que você está on fire, e começa a te marcar mais de perto. E com isso sobra mais espaço pra mim no 1-contra-1. E aí, no 4º período, eu posso fazer minha takeover'. Eu contei essa história pro LeBron."

"Dava pra perceber que ele jogava diferente no 1º tempo de partida. Ele tentava envolver todo mundo", disse Wally Szczerbiak - que veio pro Cavs em 2007-08 e hoje é comentarista da CBS. "Ele sabia que se conseguisse encontrar alguém que estava on fire, a defesa estaria em uma posição difícil. Ele também sabia que se nos envolvesse no ataque, nós defenderíamos melhor".

"Eu comecei a perceber e estudar mais as jogadas que deixavam nossos melhores scorers livres", disse LeBron. "Okay, então com essa jogada o Daniel Gibson fica livre, e com essa o Damon Jones fica livre pra arremessar. Mas como eu faço pra arranjar um arremesso pro Donyell?"

"Ele sabia onde você gostava de receber a bola, em que parte da quadra você era melhor. O time, basicamente, foi montado ao redor dele e desse conhecimento" disse Jones. "Ele chamava uma jogada, um pick-and-roll alto, bem atrás da linha de três, e obviamente, os times sempre faziam a dobra nele. E, por causa disso, eu sempre ficava livre na cabeça do garrafão. Toda a atenção estava nele. Você não precisava fazer praticamente nada, ele simplesmente te achava".

Jones notou uma forma de ganhar a confiança do LeBron. "Não era só fazer as cestas. Ele ia tocar a bola pra você mesmo depois de você ter perdido dez arremessos seguidos. Mas ele queria te ver treinando, se esforçando. Queria te ver treinando antes de todo mundo ou depois que o treino acabasse. Ele só queria saber se você estava preparado e pronto pro jogo".

Mike Miller, que jogou com LBJ no Heat e no Cavs, disse: "Quando você joga com o LeBron, sendo um shooter, você se pergunta Como isso vai afetar meu jogo?! A primeira coisa que dá pra notar é como a bola chega nas suas mãos. Eu não ligo se a bola vem alta ou baixa, eu só não quero arremessar um floater da linha de três".

"Ele é tão grande que ele vê por cima da defesa, e te manda esses bullet passes lá do outro lado da quadra, na sua mão, como se não fosse nada", disse Miller. "Pouquíssimos fazem isso". A velocidade do passe do King ajudava Mike Miller a ter um segundo a mais para arremessar... era o suficiente pra ele ter espaço pra acertar o jumper.


LeBron tem sido "O cara" dos seus times desde que ele era um Summit Lake Hornet. E quando LBJ percebeu do que era capaz de fazer, as coisas ficaram mais fáceis pra ele e para seus companheiros. Bron tem quase 7.000 assistências na carreira, e, muito provavelmente, vem para ficar no Top 10 de assists na história da Liga.

Estamos vendo o melhor passador (sem ser PG) da história da NBA.

Muita gente diz que o LeBron tem seu arremesso, post moves e outros aspectos do seu jogo muito mecânicos, que aquela "facilidade" dele é por causa do lado atlético e dos vários treinos que ele fez ao longo da carreira. Okay, você pode pensar/dizer isso. Mas, visão de quadra não é algo que pode ser ensinado. LBJ tem o dom de passar a bola, dom que poucos na história desse esporte tiveram.

E agora, depois de tanto falar, eu deixo vocês 'assistirem' a carreira do LBJ.



Obrigado, Coach Frankie Walker.



(Fonte: Sports Illustrated, ESPN, NBA.com)