quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Feliz aniversário, LeBron! #LBJ36

Você já se perguntou QUAL a sua primeira lembrança praticando esportes?

O que te fez se apaixonar pelo esporte?

Assim como todo brasileiro, eu já ganhei minha primeira bola de futebol do meu pai com pouquíssima idade. Minha mãe dizia que eu seria jogador, vivia chutando na barriga dela. Nasci e nunca parava quieto, sempre correndo, falando, querendo brincar. 

Minha mãe sempre disse que eu vivia ligado nos 220v.

Minha primeira lembrança com esporte é em uma quadra de um clube da minha cidade. Eu estava chutando a bola para um gol sem redes. Logo atrás tinha um campo de futebol onde estava acontecendo uma pelada de confraternização de fim de ano. Do lado direto à quadra tinha uma piscina onde várias crianças brincavam.

Depois disso, lembro de vários outros momentos, no karate, na natação, no futsal, no futebol... mas eu não lembro exatamente quando eu comecei a jogar basquete.

Minha mãe diz que eu ficava batendo a bola de futebol no chão, até que me deram uma bola baratinha de basquete só pra que eu brincasse. Eu já devia ter uns 9 ou 10 anos. 

Minha memória mais viva do basquete é de quando eu tinha 10 anos. Eu estava me preparando pra ir pra aula de natação. Levei minha bola de basquete e fiquei jogando lá, passando a bola entre as pernas, tentando girar no dedo. Não me pergunte porque levei a bola pra lá.

Alguns anos se passaram e eu parei de jogar futsal e fui pro basquete. Muito por causa do que tinha acontecido nos playoffs da NBA. 

Já contei essa história aqui. Era Jogo 2 da ECF, o Cavs perdia por 95-93 pro Magic. Era uma partida na Quicken Loans Arena. O Magic de Howard e Turkoglu tinha vencido a primeira partida. Péssimo resultado pro Cavs, tinha perdido em casa. Precisava se recuperar. Porém, Turkoglu usou toda sua experiência pra arremessar perto do fim do jogo.

Deixando só 1 segundo no relógio. 


Vocês conseguem ter noção como 1 segundo pode passar rápido? Por exemplo, se você leu essa última pergunta, se passaram 5 segundos.

1 segundo é muito pouco tempo. Menos no basquete.

No basquete, 1 segundo é uma eternidade, e tem condições de mudar uma partida, mudar uma série, mudar um campeonato, mudar a vida de alguém. 

Aquele 1 segundo que me fez mudar de futebol pro basquete. Deixar de lado tudo aquilo que já tinha praticado pra fazer a mesma coisa que aquele Camisa 23 tinha feito.

A jogada me marcou tanto, que eu consigo dizer tudo que o narrador americano fala antes do arremesso do LeBron. 


Eu consigo sentir a comemoração da torcida. Sempre me arrepio só de assistir. 

A partir daquele dia, o basquete entrou na minha vida e se tornou minha grande paixão, meu grande amor. 

Joguei todos os anos seguintes (até terminar a escola) em todos os campeonatos possíveis. Fui pra todos os treinos possíveis. Só faltei os que eu não podia ir... (torci meu pé várias vezes e etc).

O basquete era tão importante pra mim que eu criava Playlists no YouTube pra melhorar controle de bola, saber fazer fintas e etc. 

Por causa do basquete, eu me apaixonei ainda mais pelo esporte em geral. Por causa do basquete eu desenvolvi meu lado de liderança, por causa do basquete eu desenvolvi minha escrita, desenvolvi experiência em redes sociais, por causa do basquete decidi fazer Educação Física. 

Demorei pra de fato confirmar que era esse o curso que eu queria porque algumas pessoas diziam que eu devia fazer jornalismo devido ao trabalho que fazia aqui no KingJamesBrasil.

Mas deveria eu dizer por causa do basquete ou por causa do LeBron?

Afinal, ele que me fez apaixonar pelo basquete. Por culpa dele hoje sou técnico de basquete.


Enfim, o que eu tô tentando dizer é que o meu jogador preferido, meu maior ídolo, faz aniversário hoje. 36 anos. E o sentimento de que a carreira dele tá acabando pesa demais. As vezes começo a pensar nisso e já bate aquela bad. 

Cara, e quando o LeBron se aposentar?

Bem, já costumei pensar muito sobre isso. Procuro não pensar mais. Só aproveitar. Apreciar. Acompanhar de perto essa fase final da carreira.

O Rei continua me inspirando a continuar no basquete, continua me inspirando a ser um líder, um filho, um amigo, um homem melhor. 

Eu sou fã do Rei dentro e fora das quadras. Por isso só tenho a agradecer.

E se vocês me permitem, em 1 segundo eu queria falar algo pro LBJ:


Obrigado, LeBron. Feliz aniversário! 

Talvez tenha tomado mais de 1 segundo, mas tudo bem. Assim como no lance de 2009, a bola demorou uns segundos a mais pra cair na cesta. 

E você...

Qual a sua primeira lembrança praticando esportes?

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domingo, 27 de outubro de 2019

O Amor pela gravata!


De onde veio a palavra "gravata"? A etimologia dessa palavra remete para um antigo vocabulário italiano que aludia à nacionalidade croata. Vários séculos atrás, os cavaleiros croatas costumavam levar um lenço preto atado ao pescoço, com o tempo, passou a conhecer-se como gravata um complemento do vestuário que consiste numa faixa alargada que se enlaça ou ata ao pescoço. 

As características e os usos das gravatas foram variando ao passar dos anos. Atualmente, a gravata é utilizada mais no vestuário masculino. As gravatas podem ser usadas em contextos mais formais, como em um casamento, uma audiência judicial, ou a nível laboral... 
***

E foi exatamente isso que aconteceu ontem no jogo do Cavs. Os jogadores, membros da comissão técnica, jornalistas e amigos que estiveram presentes, utilizaram gravatas. 


"Mas por quê?", você talvez esteja se questionando. O motivo tem nome e sobrenome, e uma história de vida SENSACIONAL.

Ontem, em Cleveland, o Cavs estreou sua nova arena, a Rocket Mortgage Fieldhouse. Além da estréia da arena, era home opener do Cavs (primeira partida da temporada em casa) e também era a comemoração pelos 50 anos de Cleveland Cavaliers. 

A noite era mais que especial, e precisava de um traje apropriado pra isso... Então, já que estávamos comemorando nossa história, que tal trazer um LINDO uniforme retrô? 


Bem, foi o que o Cavs fez. Direto dos anos 90, o uniforme que o time usará nessa temporada foi perfeitamente reproduzido pela Nike, coisa linda de ver o time na quadra retrô, com o uniforme retrô. 

Antes das festividades começarem, tivemos homenagens para os jogadores que tiveram suas camisas aposentadas. Todos foram apresentados diante da torcida, que fizeram muita festa pra receber cada um.

(O único ficou fora foi o Zydrunas Illgauskas, que não pode comparecer, mas que estará presente no próximo mês para o evento "Hall of Honor".)

A noite de ontem era pra ser diferente, inesquecível, não podia retratar o momento atual do Cavs na Liga. O grande ponto da noite era fazer os torcedores lembrarem de todas as glórias, bons momentos, e do futuro que promete ser bom com os garotos de Cleveland. 

Mas toda boa história precisa de um narrador, não é? 

E era isso que precisávamos relembrar. A nossa história, cheia de ótimos momentos, narrada pelo grande Fred McLeod.

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Fred iria para a 15ª temporada seguida como narrador oficial do Cavs pela Fox Sports Ohio. Mas ele não tinha só esse tempo, e até mesmo não tinha só essa função. 

McLeod narrou jogos do Pistons por 22 anos. Chegou a narrar, inclusive, jogos do Tigers e do Lions, times de baseball e futebol americano, respectivamente. 

Em 1979-80, Fred fez sua primeira temporada como narrador, em Cleveland. Depois disso, foi para Detroit, onde adquiriu muita experiência para poder não só atuar como narrador, mas também como produtor multimídia. Em 2006, Fred voltou para Cleveland, e sua segunda passagem foi inesquecível. Inúmeros momentos em que a narração deixava o lance 10 vezes melhor. A parceria dele com Austin Carr deixavam jogos HORRÍVEIS divertidos de acompanhar. 


Fred, além de narrar e produzir conteúdo para o Cavs, era apaixonado por Cleveland. Era o verdadeiro embaixador da cidade, defendia com unhas e dentes... E era por causa desse Amor que as narrações ficavam tão boas. O hype não era só pra atrair sua atenção, era o que ele realmente estava sentindo. 

Fred narrava, produzia conteúdo, e torcia. Provavelmente, Fred era o maior torcedor do Cavs. 
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Kevin Love chegou na NBA em 2008, (pouco depois de Fred ter voltado pra Cleveland) draftado pra ser A CARA DA FRANQUIA, e pra ser O cara também. Timberwolves tinha grande esperança em voltar aos dias de glória com o Amor. 

Love foi a principal peça da franquia por anos e anos, conseguindo recordes e grandes feitos... Porém, a franquia não parecia fazer o mesmo pelo Love, o Amor não parecia ser recíproco. 

Em 2014, com a troca Love-Wiggins, o Amor vem pra Cleveland. Se junta a Kyrie e LeBron para buscar o tão sonhado título, a tão sonhada promessa. 

A história mais sensacional do esporte americano estava prestes a acontecer. 

Depois do título, depois das saídas de Kyrie e LeBron, McLeod continuou Amando a cidade, continuou sendo uma das caras da cidade. 

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Ontem, assistindo a partida, fiquei muito feliz de ver aquela atmosfera. 

Eu vi um time do Cavs jogando numa intensidade alta, com jogadores felizes, se divertindo, honrando a camisa. 

Falando em Amor pela cidade e pelo Cavs, Kevin Love continua sendo o nosso grande destaque da franquia. Ele já disse, e repetiu que quer ficar no rebuild. Ele quer permanecer durante todo o processo, mesmo que isso signifique derrotas, derrotas e derrotas. 


Love, um dos caras que tinha forte conexão com Fred, entendeu a importância de permanecer em Cleveland. Aprendeu a amar não só o Cavs, mas a cidade. 

Hoje, mais do que nunca, Love representa o passado, o presente e o futuro do time. Ele é a cara da franquia.

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As gravatas são tiras de seda, algodão ou outro tecido que se fazem cair sobre o peito. Trata-se de um acessório estético que é usado sobre a camisa para camuflar os respectivos botões.
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Fred costumava a dizer para todos, "você precisa ter 'O contato' para ter boas gravatas". Quando alguém precisava de uma boa gravata para uma ocasião importante, McLeod sempre passava o contato da pessoa que fornecia as gravatas pra ele. 


Fred tinha uma extensa coleção de gravatas, e ele se orgulhava muito de sua coleção. 

Por isso, depois de seu falecimento, Beth McLeod(esposa) decidiu mandar uma gravata para cada pessoa que Fred gostava, convivia, e já tinha tido grandes momentos juntos. 

Familiares, amigos, companheiros de trabalho, jogadores... Muitos receberam uma gravata, e a seguinte mensagem:


"Fred se orgulhava bastante de sua coleção de gravatas. Então, se você for para o Home Opener, ou para algum evento na nova arena (RMFH), ou tenha algum momento especial que queira utilizar uma boa gravata, use esta aqui. Deixe que o Freddy seja o seu 'contato' de boas gravatas."

Assim como uma boa gravata, que disfarça os botões da camisa, a vitória do Cavs conseguiu disfarçar bem o verdadeiro motivo de estarmos tão emocionados na noite de ontem. 

Obrigado por tudo que você fez pela franquia, Fred. Sem dúvida alguma, a 'wine and gold winner' de ontem foi para você.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

LeBron, Nike, Adidas, e o contrato que poderia ter mudado a história


Há 15 anos, duas das maiores companhias de artigos esportivos brigavam por um jovem promissor.

De um lado, a Adidas queria ter mais um ótimo jovem jogador para ser a 'cara da marca'. Eles já tinham Kobe, imaginem se tivessem LeBron? A Adidas imaginou e era o que eles mais queriam.

Já a Nike, sabendo do potencial do garoto, e o vendo como O cara, queria assinar com ele de qualquer forma. Queriam muito.

O jovem LeBron James "sofreu" com essa guerra das duas marcas por ele. Chegou a jogar um torneio de High School patrocinado pela Adidas usando tênis da Nike, e em um torneio da Nike, usou Adidas.

Cada dia que passava, as duas marcas queriam cada vez mais assinar com o garoto.

Vocês conseguem imaginar com 17 anos e ter as seguintes coisas acontecendo com vocês:

1. Você acabou de ser capa de uma das maiores revistas de esporte do mundo, Sports Illustrated.
2. Os jogos de basquete do seu time do ensino médio foram transferidos pra o ginásio da maior faculdade da cidade porque cabe mais gente e tem uma melhor estrutura pra ESPN - o maior canal de esportes do mundo - transmitir os jogos
3. Duas das maiores marcas de artigos esportivos estão querendo te dar um contrato, com direito a signature shoe, comerciais e eventos com seu nome.
4. A escola PARA quando você chega. Tem professor seu te pedindo autógrafo...


Muita pressão e responsabilidade, né?! Não pro LeBron, que conversou inúmeras vezes com as duas marcas.

Nike, querendo um substituto pra grande estrela do momento, Michael Jordan, que tava se aposentando. Adidas querendo mais um jovem promissor, pra mudar a visão pra sempre de qual marca era a número 1.

A Adidas tinha Sonny Vaccaro, um dos executivos mais respeitados do meio. Um daqueles caras que todo mundo que gosta de tênis, acompanha basquete, sabe da existência.

Vaccaro conversou com LeBron, sentiu que a Adidas tinha chance. Falou com seus superiores, e chegou ao número de 100 milhões de dólares por 10 anos.


E agora, era hora de vender a ideia pra ele.

Vaccaro tinha que vender tudo que LeBron podia se tornar sendo da Adidas. Mesmo a marca já tendo Kobe e McGrady.

Pois bem, Sonny armou toda a situação. Buscou LeBron, sua mãe, e toda a equipe (advogados e pessoas próximas). Avião particular, de Ohio para Califórnia. Foram todos ver um jogo de playoffs do Lakers.

Depois disso, foram ao lugar onde LeBron estava. E quando Vaccaro abriu a proposta e mostrou pro LeBron, ele notou uma coisa diferente.

Invés de 100 milhões, o valor era de "apenas" 70.

"Não era bem o valor, e sim o que aquilo representava. Afinal, entre 70 milhões, e 90 (valor que a Nike ofereceu) não era tanta diferença, setenta milhões já era um bom dinheiro. Porém, o que me faz ser respeitado, o que me fez ter sucesso foi a segurança. Se eu te digo uma coisa, vai ser aquilo e pronto. Palavra mantida. E a Adidas mudou e não me avisou, foi sem duvidas um dos maiores erros da história por uma empresa de artigos esportivos", disse Sonny Vaccaro em uma recente entrevista.

"Ainda me lembro da situação, chamei LeBron e Gloria pra um canto da casa, expliquei tudo para eles", e os dois me abraçaram e disseram 'tudo bem, a gente vai ficar bem'.

Sonny Vaccaro repete algumas vezes que a Adidas errou MUITO.

Quando perguntado se ele tivesse oferecido os 100 milhões, LeBron teria assinado, ele respondeu, "provavelmente, ou talvez eu teria feito a Nike dar 120 milhões, nunca saberemos. Mas tínhamos uma ótima chance".

LeBron assinou com a Nike aos 18 anos, contrato de 7 anos e 90 milhões de dólares.


LBJ finalmente era da Nike. Diretores estavam com sorriso de orelha a orelha.

NA VERDADE, estão até hoje. Com uma das melhores escolhas que eles fizeram.

LeBron correspondeu a todas expectativas da marca, chegou em sua primeira final em 2007, ganhou seu primeiro MVP em 2009, seu primeiro título em 2012, o quarto prêmio de MVP da temporada regular em 2013, conquistou título para sua tão amada cidade em 2016, e está na sua nona final de NBA.

Mas, todo esse tempo que passou, a Nike teve que renovar seu contrato. E no último, eles fizeram questão de NÃO SE PREOCUPAR MAIS com isso.


Nike e LeBron chegaram a um acordo vitalício. Contrato, segundo as fontes, passa de 1 BILHÃO de dólares.

Além do que ele faz em quadra, LeBron é um atleta completo. Que faz eventos na China e as cidades onde ele vai param. Suas redes sociais são uma grande plataforma.

Quer um tweet do LeBron pra sua marca dar uma crescida? Então, meu caro, prepara algo em torno de 150 mil dólares.

LeBron também ajuda muito as crianças que, assim como ele(quando era pequeno), não tem condições financeiras tão boas. O King já garantiu a graduação na faculdade de 1.100 crianças através da LeBron James Family Foundation.

E que tal a construção de uma escola? LeBron, juntamente com o governo de Akron, está construindo a "I PROMISE SCHOOL".

E, claro, em todos esses eventos, empreitadas, decisões importantes dos negócios do King, e também, obviamente, dentro de quadra, a Nike está presente.


LeBron deu a Nike tudo aquilo que ela queria, um atleta completo, que fosse o rosto dela quando o assunto fosse basquete.

Sonny Vaccaro estava certo. A Adidas cometeu um dos maiores erros em não oferecer aquele contrato pro King.

"A discussão de 'qual marca é a número 1' poderia ter mudado pra sempre naquele dia", completou Vaccaro.

#LeHistory

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sexta-feira, 1 de junho de 2018

Uma atuação perfeita do King, noite pra esquecer do JR Smith


A noite de ontem foi um exemplo claro do quanto LeBron James é um daqueles jogadores que só aparecem a cada 30 ou 40 anos.

Desde o início do jogo, LeBron parecia muito concentrado. Cara fechada e pronto pra partida começar.

Ele anotou os dois primeiros pontos do jogo em uma bandeja. Ele invadiu o garrafão, protegeu bem a bola, e conseguiu finalizar no lado oposto da tabela. Atleticismo, força e técnica em uma jogada pra abrir o jogo.

O King tinha 24 pts no final do 2ºQ. Além dos 2 rebotes e 4 assists. LeBron estava fazendo tudo. Jogo foi empatado pro intervalo com os dois times empatados em 56.


O clássico 3ºQ dominante do Warriors ia acontecer e o Cavs não tinha aberto vantagem. LBJ manteve a concentração, conseguiu fazer 12 pts seguidos pra devolver o Cavs no jogo. Fomos pro último período perdendo por 84 a 78.

LeBron precisava de descanso. Claramente cansado e com um jogo de transição que o GSW força, era óbvio que isso ia acontecer.

No 4º período, LeBron continuou pontuando, ajudando na defesa, dando assists pra manter o time no jogo. E depois das decisões duvidosas dos juízes, e do bug mental que o JR Smith teve, Cavs perdeu.

Mas no final da prorrogação, a gente pôde ver o quanto o GSW gosta de trash talk, provocações e etc. Muito sangue frio do King. Diferente do Tristan Thompson que chamou o Draymond Green pro fight.


Após a partida, vi pela primeira vez na vida um LeBron MUITO frustrado. Apesar de um ótimo jogo do time, a arbitragem tinha influenciado bastante no resultado do jogo.

Como é de costume, LeBron foi ao pódio visivelmente chateado. E teve que responder algumas perguntas até bobas.

Uma das poucas perguntas que LeBron respondeu bem, foi a do Paulo Antunes, que perguntou como o time se recuperava pro Jogo 2, mesmo fazendo um dos melhores jogos do time na temporada.

LBJ respondeu que durante a noite os jogadores muito provavelmente pensariam no jogo, no que ele podia melhorar, em uma jogada que poderia ter sido diferente. "Mas amanhã é um novo dia, acordar com novos pensamentos e seguir a vida, se preparar pra próxima partida".


Algumas perguntas depois...

Um repórter da ESPN gringa, ao perguntar o que JR Smith tava pensando na hora do lance, irritou LeBron. "Como EU vou saber no que ELE tava pensando?", Disse LBJ. O repórter insistiu pra tentar tirar algo do LeBron, alguma frase que pudesse ser interpretada como "LBJ culpou JR".

"Mas ele falou com vcs algo? Qual o seu ponto de vista da jogada?", o repórter disse. Irritado, com toda razão, James se levantou e foi embora da coletiva de imprensa.

Ao sair da sala, LeBron disse pro repórter: "Seja melhor amanhã".

Claro, devemos sim falar do quão absurdo a atuação do LeBron foi...


51 pontos, 8 rebotes, 8 assistências, 1 roubada de bola, 1 toco. 60% de aproveitamento nos arremessos de quadra.

MONSTRUOSO. Dominante. Sensacional ver o que ele fez na partida de ontem.

Mas o que quero destacar aqui é: algo que ele faz muito e leva pouco crédito...

O psicológico do LeBron e a postura dele ANTES, DURANTE E DEPOIS do jogo é algo de se admirar.

Concentração pra fazer um bom jogo, a atenção e o feeling pra saber a hora de ser um pouco egoísta e tentar decidir o jogo pra o time adversário não abrir muitos pontos.

A paciência de aguentar porrada durante o jogo e provocações. Paciência pra aguentar a arbitragem que foi péssima sem xingar todo mundo na coletiva.

Vc que tá lendo isso, me diz: xingou muito ontem após o jogo? Sim, né? Imagina sentir o mesmo e se manter calmo pra não se exaltar durante a coletiva, ou até mesmo durante o jogo e sofrer alguma punição da arbitragem.

O que quero dizer é: não deixem de apreciar a noite de ontem de LeBron James. Atuação perfeita dentro e fora de quadra.


LBJ é um ET. #CavsBrasil #LeHistory

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Cavs, Celtics, Sixers, Finais de Conferência, e a prova de como o mundo é pequeno


Cavs chega à Final da Conferência Leste pela 4ª vez consecutiva. Dessa vez, adversário é o Celtics, que por um acaso, é o mesmo do ano passado.

LeBron está em sua 8ª Final de Conferência Leste seguida. Ele já participou de dez ECFs em sua carreira.

A primeira delas foi em 2007. Naquele ano, LeBron carregou aquele time - que não era tão bom - até as Finais. Spurs foi o adversário. E o King perdeu sua primeira Final, por 4 a 0.

Naquela época, LBJ não tinha arremesso TÃO desenvolvido, e era bem mais fácil de marcá-lo. Ele utilizava bastante as infiltrações, e infiltrações com toque para jogadores livres que estavam espaçando a quadra. O famoso 'drive and kick'.

E quem que também tem esse estilo de jogo, hoje, e sofreu com o mesmo tipo de marcação? Isso mesmo, Ben Simmons.

Com um ótimo Coach do lado de Boston, Ben sofreu bastante com a marcação do Celtics. Brad Stevens, assim como Popovich, foi inteligente em marcar o garrafão, dificultando a entrada do camisa #25, s fazendo ele trabalhar um pouco mais longe da cesta.

O problema? Sem isso, o arsenal ofensivo de Philly se reduz a Embiid no post up.

Que, veja, não estou dizendo que é a mesma coisa que LeBron tinha como segunda opção. Embiid é melhor, porém não chegou no seu auge ainda, e assumir essa carga sozinho é difícil.

Simmons sente bem mais dificuldade que LeBron nos arremessos de média/longa distância. Ou seja, entendem como foi muito pior pro Sixers?

Voltando a falar da segunda opção de ataque de LeBron em 2007...


O nome dele era Larry Hughes, que assinou contrato em 2006, pra ser O cara ao lado de LeBron.

SIM, é sério. Foi isso mesmo que você leu.

Em 2006, Cavs tentou trazer Ray Allen, mas não conseguiu. Então, Hughes foi o escolhido para a função de dividir o work load com o King.

Cavs assinou com ele por 4 anos, 70 milhões de dólares. Se trouxemos para o CAP de hoje, isso seria equivalente a um (quase)Max contract.

Sim, é sério. Hughes, contrato máximo. Setenta milhões!

Enfim, continuando... Em 2006, foi o primeiro ano que LeBron participou dos playoffs, assim como Ben Simmons.

No ano seguinte, como disse lá em cima, Cavs chegou na final mas não foi páreo pro Spurs, que conseguiu seu 4º título de NBA.

Em 2008, LeBron e o Cavs foram eliminados pro Celtics...

Mesmo Celtics que enfrentaremos na ECF? Sim, esse mesmo. Quer dizer, um pouco mudado, sem KG, Pierce e Allen (que deveria estar no Cavs, junto com LeBron, e não Larry Hughes)...

Mas com Kyrie e Hayward no elenco, que infelizmente estão machucados, e os bons jovens jogadores: Jaylen Brown, Terry Rozier e Jayson Tatum...

Aliás, Tatum é sobrinho de Larry Hughes, mesmo cara que o Cavs pagou 70 milhões de dólares pra ser o Kobe do Shaq, o Pippen do Jordan, o Worthy do Magic...

LARRY. FUCKING. HUGHES.

Tá bom, desculpa, eu juro que vou parar de falar isso. Já me confirmei com essa info.

Mas agora, falando sério, Tatum é sobrinho do Hughes, e em 2012, o garoto Jayson Tatum postou uma foto em seu Twitter, marcando o @KingJames, e dizendo...

"@kingjames Me siga de volta, sou o sobrinho de Larry Hughes de St. Louis, primo de Abe e RJ e filho do Justin. Siga de volta!"

O menino Tatum não sabia que LeBron, precisando fazer os playoffs da sua vida, após perder com péssimas atuações as Finais de 2011, fosse meio que se desligar de redes sociais.

Até porque, na época que mandou o tweet, LeBron já sabia que seu Miami Heat iria enfrentar o New York Knicks de Carmelo Anthony.


Que, por um acaso, nesses playoffs de 2012, LeBron também enfrentou o Pacers, nas ECSF, e o Celtics na ECF.

Na ECF? De novo? Sim, de novo.

Domingo, às 16h30, o Jogo 1 da Eastern Conference Finals começa, com transmissão da ESPN, com Bulgarelli e Rômulo Mendonça.


#GoCavs #CavsBrasil

quinta-feira, 26 de abril de 2018

LeBron James fez a história se repetir


Aos 13 anos, um garoto descobriu quem era LeBron James e se apaixonou pelo basquete.

Esse garoto viu na ESPN Brasil, com narração do Everaldo Marques, o King James fazer uma cesta espetacular, de três, faltando apenas um segundo pro fim.

Naquela oportunidade, Cavs tinha perdido o Jogo 1 da série contra o Magic, e no segundo jogo a história tava se repetindo.


Magic reagiu no último período e conseguiu virar o jogo em uma linda bola de Hedo Turkoglu.


Orlando 95-93 Cleveland.

Esse garoto ficou muito impressionado com a cesta que aquele camisa #15 tinha feito. Como ele não assistia basquete, ele pensou que jogo já estava definido. Um segundo só? Pra fazer três pontos? Ele achava que não tinha como.

Até que os jogadores voltam à quadra pra jogar o último segundo de partida.

O garoto tava lá, na frente da TV, desacreditado que o time daquele camisa #23 que ele via sempre fazer enterradas e cestas bonitas, nos 30 segundos de highlights que passavam no GloboEsporte, ia perder.

Mas aí, nesse dia, esse garoto aprendeu três lições:

A primeira, é de que basquete é o melhor esporte do mundo. A segunda, é que, no basquete, o jogo não acaba quando termina. E a terceira é: SEMPRE acredite em LeBron James.

O Rei se livrou da marcação do Turkoglu, pegou a bola e arremessou...



A Quicken Loans Arena tava em um silêncio absurdo, ainda da bola do Turkoglu que abriu 95-93.

Quando a bola entra, TODAS as pessoas gritam, comemoram, choram, etc etc etc.

Nesse dia, o garoto se apaixonou pelo basquete.

E ontem, esse garoto tava refletindo antes de dormir, o quão essa cesta QUE É MUITO PARECIDA com a de 2009 pode ter feito algum garoto/garota se apaixonar pelo basquete.

O Cavs tava VENCENDO por 95-93, até que o Pacers empatou o jogo.

Cavs teve um ataque, que acabou com um turnover (que deveria ser bola do Cavs) do LeBron. O melhor jogador do outro time colocou a bola debaixo do braço.

Faltavam 26 segundos, o Pacers tinha a bola e os dois melhores jogadores dos dois times estavam mano-a-mano, prontos pra decidir a partida.

Victor Oladipo finta LeBron, passa por ele e vai pra bandeja... O King dá um toco (que sim, poderia ter sido marcado goaltending).

Imediatamente os jogadores ao segurarem o rebote, pedem timeout.

E tudo volta a ser igual a 2009. Cavs indo pro timeout, precisando de uma cesta. Dessa vez, com 3 segundos no relógio.

Os jogadores voltam do timeout, cada um vai pro seu lugar e esperam os árbitros autorizarem os últimos três segundos de jogo.

LeBron recebe a bola, bate duas vezes, e sobe pra o arremesso de três... Do mesmo lugar em que ele tinha feito em 2009.


A bola cai, é cesta, e a Quicken Loans Arena vai à loucura.

LeBron repete a comemoração, corre em direção ao banco pra abraçar seus companheiros.

Em 2009, LeBron abraçou um gringo conhecido por sua raça, energia, e que era xodó da torcida: Anderson Varejão. Em 2018, LeBron abraça um gringo conhecido por sua raça, energia, e que é xodó da torcida: Cedi Osman.


O garoto que acompanhou tudo em 2009, se arrepia totalmente ao ver tudo aquilo se repetindo 9 anos depois.

A voz de ontem não era do Everaldo Marques, e sim do Rômulo Mendonça.

Então, Rômulo, assim como eu vou agradecer agora o Evê pela narração, alguém um dia, daqui alguns anos, vai te agradecer e lembrar por você ter sido a voz do começo da paixão dela pelo basquete.

Obrigado, Evê. E obrigado, Rômulo, antecipadamente, pode ter certeza que você fez uma narração histórica.

O garoto que acompanhou tudo em 2009 e em 2018 foi dormir às 2h da manhã, ainda animado com o jogo que tinha acabado por volta das 23h.

O basquete é um esporte maravilhoso, que eu, Arthur, tive o prazer de conhecer, e me apaixonar, em 2009, no Jogo 2 da série entre Cavs e Magic.

E, assim como LeBron conseguiu fazer com que eu me apaixonasse pelo basquete, espero que ontem ele tenha conseguido repetir a história.


#LeHistory #CavsBrasil